Monday, September 25, 2006

Caiu-me a alma em ti

Encolhe-se-me o coração de ver que aquelas pessoas a quem queremos tão bem, que gostamos tanto, que quase chamamos de amigos, não fosse isso demasiado lamechas, são às vezes capazes de virar as costas a tudo isto que, pensei eu, nos enchia a alma e nem ao menos olhar para trás. Eu, eu cheguei a pensar cá para mim em segredo que o poderia encaixar na pequena listinha de amigos que tenho. E depois silêncios e distâncias que não entendo. E depois nada. Talvez as amizades acabem ou se degradem aos pedacinhos por falta de manutenção. Nunca reparei que tinham prazo de validade, engraçado. Não quero ter que acreditar nisto. Que ainda acho que da minha listinha tenho aqueles a que gosto de chamar de 'amigos para sempre', 'amigos a sério' e 'amigos do coração', são 3 em 1 quase sempre. O mais provavel é que aqui nunca tenha existido, sei lá, amizade e eu tenha caido mais uma vez no erro de confundir as pessoas de quem gosto com as que gostam de mim. Com tanta gente no mundo a possibilidade de isto acontecer é enorme, não é? Por isso é que se torna especial. É normal que nos enganemos, digo eu, o nosso coração não tem olhos e ainda assim teima em ver coisas que, tantas vezes, não existem. Podia limitar-se a bombear sangue. Coração, artérias, arteriolas, capilares, vénulas, veias e de volta ao coração. Sem sentimentos à mistura. Cada vez que penso de volta vejo que a possibilidade de me ter enganado nisto aumenta drásticamente, até ser uma certeza absoluta e irrefutável capaz de contrariar a filosofia.

Hoje, não sei como nem porquê, caiu-me a alma em ti e eu não a consigo levanta-lo sozinha.

Friday, September 22, 2006

a formatar

Não me apetece pensar. Pensar moi. Doi, se deixarmos. Fico-me pelo que posso fazer de cerebro desligado. Cozinhar. Costurar. Escrever não. Ver televisão. Clicar nos links. Ler nunca. Limpar o quarto. Arrumar os armarios. Fotografar não. Agora pensar é que não. Deixei o cerebro no off e formatei o hipótalamo. Quem perceber percebeu. É o que dá tentar fazer um post, sem se dar ao trabalho.

Sunday, September 17, 2006

L'autre valse de Sophie

Sabes, eu acho que o meu mal é ver demasiados filmes. Romanticos, com bons realizadores e bons actores, argumentos crediveis e que nos fazem sonhar, bandas sonoras de perfeitas. E acreditar que coisas assim podem acontecer.

Thursday, September 14, 2006

Andamos em voltas rectas na mesma esfera

É estranho. É sempre um pouco estranho, agora que paro e penso. Não digo isto com aquele sentimentozinho de quase saudade. Não, mas foram três anos, três anos de coisas indirectamente importantes. É sempre estranho quando se acaba.



Banda sonora: Toranja - Laços

Wednesday, September 13, 2006

Implora porquês que não vou responder

Acabou, viro a página e sinónimos assim.

Mas foi a melhor coisa que já fiz, ligar-te e descobrir que, sim, foi tudo da minha cabeça.





Banda sonora: Toranja ~ Quero-te assim

Tuesday, September 12, 2006

La valse des autres

Quero apertar-me contra ti num abraço e deixar-me levar numa valsa onde és tu quem conduz. Os meus cabelos no teu pescoço. A tua respiração na minha cara. O meu coração contra o teu. A tua mão nas minhas costas. Às voltas num salão vazio, iluminado a vermelho. Às voltas ao som de um leitor de cd's a fingir de gramofone. Numa valsa que promete durar para sempre.

Saturday, September 09, 2006

Um café e uma conversa

Tenho saudades do Inverno, de usar casacos e ainda assim ter frio, de me aninhar a um cobertor no sofá saboreando um bom filme, de bafejar sobre as minhas mãos para as aquecer, de me perder num cachecol grande e fofo, de correr à chuva, de saltar nas poças de agua, de usar dois pares de meias, de me passear com o guarda-chuva, de me esconder do frio num abraço, de sorrir para o ceu cinzento, de usar luvas sem dedos, de beber uma bica bem quente para me aquecer por dentro, de abraçar um casaco emprestado, de ir à poncha, de conversas que levam a mão-na-mão só para nos aquecermos, de ficar horas infinitas a ouvir um cd perdida num casaco de lã.
Tenho saudades do Inverno e de tudo o que ele traz em jeito de presente. E parece que este Verão nunca mais acaba.

Friday, September 08, 2006

Publicidade merecida

Este senhor é realmente qualquer coisa.

Thursday, September 07, 2006

why the hell can't i forget your name

Desculpa, não consigo, não aguento e não quero aguentar. Quero seguir em frente, arranjar uma vida, esquecer que fizeste parte de mim, só daquilo que eu pensei. Acordar de manhã e não te ter em mente. Deitar-me à noite e não sonhar contigo. Estar no autocarro e não me cair a imaginação em ti. E mais que tudo não acreditar que um dia vou começar uma frase com 'Sabes amor?'. Digo-te, vou desistir.

Wednesday, September 06, 2006

És tudo o que eu vejo

É facil apaixonar-me por alguém quando a imagem que tenho dele é tão parecida à ideia que tenho de ti. E pode até ser da distância, que a falta de te ver torna-te mais perfeito a meus olhos. Mas tenho a certeza que aquele sorriso é o teu. Não, não me apaixonei por mais ninguem, apaixonei-me foi por ti outra vez, olhando para outra pessoa.
Se eu te visse mais uma vez poderia aí confirmar que o teu olhar não brilha tanto como a mim me lembra, ou que a maneira como agarras o cigarro não é a que eu sabia, que não cheiras a bolos e que as tuas imperfeições não te fazem mais e melhor a meus olhos. Mas hoje és perfeito, assim como eu te lembro.

Hoje, só hoje

Só hoje gostava de ser outro alguém, completamente diferente.

Por favor, chove-me

Naqueles momentos em que o coração controla as mãos e o sentir nos tolda a razão escrevi-te. Agora espero uma resposta que teima em não chegar.

Banda Sonora: Ornatos Violeta - Chuva

Monday, September 04, 2006

É teu

Foi quando ele me apertou a mão e a sua cara encostou a minha que percebi. Aquele sotaque da Terceira que já me soava bem, cara de quem está meio perdido-meio com sono, o ar de quem não se importa. A proximidade que eu adivinhava e aquele mesmo aperto de medo quanto te via chegar perto. A mesma vontade de estar com ele. E a saudade antecipada por saber que ele ia. Nada de muito novo, portanto. Percebi que em toda aquela gente que não amei, mas que apreciei e até gostei, procurei encontrar o que encontrei em ti.

Sunday, September 03, 2006

Meia duzia de palavras mal escritas

ACREG 06, aquela Tribo Sénior, a nossa Tribo, conquistou um lugarzinho especial no meu coração. E acreditem-me que não é facil.

Vamos cantar uma cantiga? ^^