Monday, December 25, 2006

Is it out of line if I were so bold to say "Would you be mine"?

Falando na primeira pessoa do plural. Somos felizes assim. Na primeira pessoa do plural. Somos mais felizes assim do que possam alguma vez pensar.

Wednesday, December 20, 2006

Six Different Ways

Na minha vida tudo é uma grande incognita, em que 6x2 é igual a tudo menos a uma função quadrática.

Monday, December 18, 2006

Icing Sugar

Isto é mais estranho do que eu pensava. É que é tanta coisa ao mesmo tempo dentro de um hipótalamo só. Se eu soubesse explicar o que aqui se passa. Podia ser tudo diferente. Tão diferente. Mas há coisas em que não se manda. Pessoas que não se podem perder. A ti não podia perder, em circunstância nenhuma. Pessoas importantes. Deviamos ter um botãozinho. On e off nos sentimentos, à nossa vontade. Não temos. É pena. Não te podia fazer sofrer. Mas fiz, mesmo sem querer. E se não peço desculpas mais uma vez é por saber que não gostas. Oh. Só não te quero é perder. Que és importante para mim. E desta vez desculpa, por não ser um texto bonito, com floreados e enfeites. Nem podia ser de outra maneira. Tudo à volta está uma confusão. E sinto-me feliz por poder contar contigo.

Tuesday, December 12, 2006

Is space hot? Of course it is, where do you think we get pineapples from?

Quem não sabe quem Dylan Moran é realmente não vive no meu mundo. É o meu heroi, senhor irlandês, com um ar um pouco estranho, cabelo genial. Habita o meu telemovel e a minha cabeça, frequentemente. Inventou uma personagem que eu adoro e ele não tanto, Bernard Black. É comediante, actor, argumentista e mais sei lá o quê. Na minha mente é sex-symbol. Tem 35 anos e diz que era gordo quando era pequeno. É daquelas pessoas que eu digo que casaria com elas sem pensar duas vezes, e sendo ele... casava mesmo. Entrou na série Black Books, que é simplesmente a série com que eu mais ri na minha vida e no filme Nothing Hill, mesmo ninguém se lembrando dele lá. Entrou em mais meia duzia de coisas que eu não vi.

É o meu heroi, ponto.

Saturday, December 02, 2006

I hear in my mind all this music

Escrevi o teu numero num gramofone antigo que só toca canções de amor, que não deito fora com a desculpa de gostar dele. Quem sabe se um dia não te ligo. À noite.

Tuesday, November 28, 2006

Memorable Quote

You wake up at Seatac, SFO, LAX. You wake up at O'Hare, Dallas-Fort Worth, BWI. Pacific, mountain, central. Lose an hour, gain an hour. This is your life, and it's ending one minute at a time. You wake up at Air Harbor International. If you wake up at a different time, in a different place, could you wake up as a different person?

Fight Club

Monday, November 20, 2006

São só coisas.

Voltei a inventar palavras, histórias, conversas, agora depois de ti. E sem ti. Histórias essas que continuam tão irreais e impossíveis como sempre as fiz, mas com a razão de sempre. Quero não amar para não cair, dizem os Ornatos, pois sim, quero. E assim como quero não amar quero não acreditar. Porque se acreditar posso depois estar errada, desiludir-me, falhar. Como as histórias. Se não tiverem ponta por que lhes pegue, não vou estranhar e ficar triste sequer quando amanhã, ou noutro dia qualquer, as coisas não acontecerem como as imaginei.

-Podiamos ser tão bom juntos, iamos ser especiais. As coisas poderiam resultar, se ao menos tentassemos.
-Eu sei, obrigada por teres pensado nisso assim.

Oh, mas foi só um desabafo.

Saturday, November 18, 2006

São só coisas.

-Tu odeias-me?
-Não, só não gosto de ti.

Tuesday, November 14, 2006

Memorable Quote

the little scratch on the roof of your mouth that would heal if only you could stop tonguing it, but you can't.

Fight Club

Wednesday, November 08, 2006

São só coisas.

Na psicologia há um conceito conhecido por transferência afectiva, que consiste, basicamente, em mudar apenas o objecto pelo qual sentimos afecto, mantendo os mesmos sentimentos.

Thursday, November 02, 2006

But it might be a second too late

Eu não percebi. E ninguém percebeu. Só lamento não ter podido ser mais.

Tu não sabes quem perdeste.





Para ela.

Wednesday, November 01, 2006

But it might be a second too late

Não sabes o que podes perder. Quem podes perder. Ela é especial, sabes? Por um segundo. Por estares parado. Estás a perder tanto. Porque não te levantaste, saíste, correste atrás. Estás a perder tempo também, e um segundo pode ser demais.

Para ela.

Saturday, October 28, 2006

São só coisas.

Afastei-me demais de quem não devia.

Continuo demasiado perto de ti.

Monday, October 23, 2006

São só coisas.

Podia colocar tudo numa metáfora e enfeitar a nossa, assim o gosto de chamar, relação com palavras bonitas. Mas isso era quase como mentir, não era? E para quê agora? Não voltas. Convence-te Sofia.

Thursday, October 19, 2006

São só coisas.

Este ano muita gente conseguiu ficar perto de casa. Tu também.

Eu não.

Monday, October 16, 2006

Si Tu N'etais Pas La

Fomos só o paragrafo que antecede a despedida. Nunca nos tocamos. Passamos demasiado ao de leve naquilo a que se poderia ter chamado de a nossa vida. Eu nem sei como me deixaste marcas quaisquer. Deixaste. Não nos tocamos. E eu cansei a vista de olhar os lugares onde estavas. Para as coisas que fazias. Para as palavras que dizias. Cansei a vista, ficou demasiada para ver. Gastei demasiadas palavras, perdi demasiados sentidos. Numa coisa que não juro ter valido a pena. Restou uma saudade de ti que não compreendo, por uma pessoa que não conheço. Foi tudo demasiado curto para ser mais que uma despedida.

Wednesday, October 11, 2006

Red light

É que de cada vez que o mundo pára abrimos os olhos para tanta coisa. Vemos sempre uma coisa diferente. Sentimos sempre um sentimento novo. Ouvimos sempre algo inesperado. E apesar de se saber que casa é onde o coração está, nesses instantes esquecemos as saudades e podemos realmente viver.

Saturday, October 07, 2006

There is no modern romance.

Eu, gostava de acreditar que ainda, um dia, iria dizer num sussurro a alguém 'Our hearts will beat as one' e sorrir por saber que era mentira, que os nossos corações já batiam como um e nada nem ninguém ia mudar isso. Acreditar que ainda iria passear com alguém de mãos dadas num pôr do sol de um jardim qualquer. Ou que numa noite de Inverno como as outras, depois de uma sessão de cinema, quem sabe de um filme francês, para me protegerer do frio partilharia um casaco com alguém. Que eu e mais outro alguém fugiriamos da chuva para debaixo de um alpendre. Gostava de acreditar sinceramente em todas estas coisinhas. Gostava. Mas não consigo. É tudo demasiado bonito, demasiado bom. Acontece, sim, mas não a mim. Eu, são cada vez menos as coisas em que acredito.

Wednesday, October 04, 2006

Um pedido quase

A quem a minha linguagem ofende só me resta pedir desculpa. Não é nada pessoal nem tão pouco uma maneira de ferir susceptibilidades ou chamar atenções. É só a melhor maneira que encontrei para deitar a raiva cá para fora. Que guarda-la dentro não nos faz nada bem. Não me perguntem donde vem tanta raiva. Não sei como nem porquês. É de tudo ou não é de nada. Mais uma vez desculpem-me.

Monday, October 02, 2006

Vomitar faz bem

Hoje apetecia-me vomitar a alma, deitar tudo cá para fora. Analizar, separar tudo. Sentimentos para um lado, razão para o outro. Porque os sentimentos raras vezes têm razão. Depois voltar a arrumar tudo, cada coisa na sua gaveta, tudo devidamente etiquetado.


Há muito tempo que não me sentia assim. Hoje estou feliz.

Sunday, October 01, 2006

Esse segredo

Não, não me quero perder em países de sonhos impossiveis de finais corderosa. Eu sei que se ficasse lá, para sempre, saboreando cada instante e gravando cada palavra num vinil cheio de memórias, seria honestamente feliz. E a tentação é grande. Mas se ficasse era tanto o que deixava por cá. Coisas que não quero perder. Gentes que não quero perder. Há ainda muito para viver, viver realmente e não apenas sonhar. Mesmo que o fim não seja o que se espera, que nos entretantos exista dor e que não me ofereças um balão em forma de coração.

Tenho esse mundo, é fragil e é meu. Imensa desculpa, não o posso partilhar.

Monday, September 25, 2006

Caiu-me a alma em ti

Encolhe-se-me o coração de ver que aquelas pessoas a quem queremos tão bem, que gostamos tanto, que quase chamamos de amigos, não fosse isso demasiado lamechas, são às vezes capazes de virar as costas a tudo isto que, pensei eu, nos enchia a alma e nem ao menos olhar para trás. Eu, eu cheguei a pensar cá para mim em segredo que o poderia encaixar na pequena listinha de amigos que tenho. E depois silêncios e distâncias que não entendo. E depois nada. Talvez as amizades acabem ou se degradem aos pedacinhos por falta de manutenção. Nunca reparei que tinham prazo de validade, engraçado. Não quero ter que acreditar nisto. Que ainda acho que da minha listinha tenho aqueles a que gosto de chamar de 'amigos para sempre', 'amigos a sério' e 'amigos do coração', são 3 em 1 quase sempre. O mais provavel é que aqui nunca tenha existido, sei lá, amizade e eu tenha caido mais uma vez no erro de confundir as pessoas de quem gosto com as que gostam de mim. Com tanta gente no mundo a possibilidade de isto acontecer é enorme, não é? Por isso é que se torna especial. É normal que nos enganemos, digo eu, o nosso coração não tem olhos e ainda assim teima em ver coisas que, tantas vezes, não existem. Podia limitar-se a bombear sangue. Coração, artérias, arteriolas, capilares, vénulas, veias e de volta ao coração. Sem sentimentos à mistura. Cada vez que penso de volta vejo que a possibilidade de me ter enganado nisto aumenta drásticamente, até ser uma certeza absoluta e irrefutável capaz de contrariar a filosofia.

Hoje, não sei como nem porquê, caiu-me a alma em ti e eu não a consigo levanta-lo sozinha.

Friday, September 22, 2006

a formatar

Não me apetece pensar. Pensar moi. Doi, se deixarmos. Fico-me pelo que posso fazer de cerebro desligado. Cozinhar. Costurar. Escrever não. Ver televisão. Clicar nos links. Ler nunca. Limpar o quarto. Arrumar os armarios. Fotografar não. Agora pensar é que não. Deixei o cerebro no off e formatei o hipótalamo. Quem perceber percebeu. É o que dá tentar fazer um post, sem se dar ao trabalho.

Sunday, September 17, 2006

L'autre valse de Sophie

Sabes, eu acho que o meu mal é ver demasiados filmes. Romanticos, com bons realizadores e bons actores, argumentos crediveis e que nos fazem sonhar, bandas sonoras de perfeitas. E acreditar que coisas assim podem acontecer.

Thursday, September 14, 2006

Andamos em voltas rectas na mesma esfera

É estranho. É sempre um pouco estranho, agora que paro e penso. Não digo isto com aquele sentimentozinho de quase saudade. Não, mas foram três anos, três anos de coisas indirectamente importantes. É sempre estranho quando se acaba.



Banda sonora: Toranja - Laços

Wednesday, September 13, 2006

Implora porquês que não vou responder

Acabou, viro a página e sinónimos assim.

Mas foi a melhor coisa que já fiz, ligar-te e descobrir que, sim, foi tudo da minha cabeça.





Banda sonora: Toranja ~ Quero-te assim

Tuesday, September 12, 2006

La valse des autres

Quero apertar-me contra ti num abraço e deixar-me levar numa valsa onde és tu quem conduz. Os meus cabelos no teu pescoço. A tua respiração na minha cara. O meu coração contra o teu. A tua mão nas minhas costas. Às voltas num salão vazio, iluminado a vermelho. Às voltas ao som de um leitor de cd's a fingir de gramofone. Numa valsa que promete durar para sempre.

Saturday, September 09, 2006

Um café e uma conversa

Tenho saudades do Inverno, de usar casacos e ainda assim ter frio, de me aninhar a um cobertor no sofá saboreando um bom filme, de bafejar sobre as minhas mãos para as aquecer, de me perder num cachecol grande e fofo, de correr à chuva, de saltar nas poças de agua, de usar dois pares de meias, de me passear com o guarda-chuva, de me esconder do frio num abraço, de sorrir para o ceu cinzento, de usar luvas sem dedos, de beber uma bica bem quente para me aquecer por dentro, de abraçar um casaco emprestado, de ir à poncha, de conversas que levam a mão-na-mão só para nos aquecermos, de ficar horas infinitas a ouvir um cd perdida num casaco de lã.
Tenho saudades do Inverno e de tudo o que ele traz em jeito de presente. E parece que este Verão nunca mais acaba.

Friday, September 08, 2006

Publicidade merecida

Este senhor é realmente qualquer coisa.

Thursday, September 07, 2006

why the hell can't i forget your name

Desculpa, não consigo, não aguento e não quero aguentar. Quero seguir em frente, arranjar uma vida, esquecer que fizeste parte de mim, só daquilo que eu pensei. Acordar de manhã e não te ter em mente. Deitar-me à noite e não sonhar contigo. Estar no autocarro e não me cair a imaginação em ti. E mais que tudo não acreditar que um dia vou começar uma frase com 'Sabes amor?'. Digo-te, vou desistir.

Wednesday, September 06, 2006

És tudo o que eu vejo

É facil apaixonar-me por alguém quando a imagem que tenho dele é tão parecida à ideia que tenho de ti. E pode até ser da distância, que a falta de te ver torna-te mais perfeito a meus olhos. Mas tenho a certeza que aquele sorriso é o teu. Não, não me apaixonei por mais ninguem, apaixonei-me foi por ti outra vez, olhando para outra pessoa.
Se eu te visse mais uma vez poderia aí confirmar que o teu olhar não brilha tanto como a mim me lembra, ou que a maneira como agarras o cigarro não é a que eu sabia, que não cheiras a bolos e que as tuas imperfeições não te fazem mais e melhor a meus olhos. Mas hoje és perfeito, assim como eu te lembro.

Hoje, só hoje

Só hoje gostava de ser outro alguém, completamente diferente.

Por favor, chove-me

Naqueles momentos em que o coração controla as mãos e o sentir nos tolda a razão escrevi-te. Agora espero uma resposta que teima em não chegar.

Banda Sonora: Ornatos Violeta - Chuva

Monday, September 04, 2006

É teu

Foi quando ele me apertou a mão e a sua cara encostou a minha que percebi. Aquele sotaque da Terceira que já me soava bem, cara de quem está meio perdido-meio com sono, o ar de quem não se importa. A proximidade que eu adivinhava e aquele mesmo aperto de medo quanto te via chegar perto. A mesma vontade de estar com ele. E a saudade antecipada por saber que ele ia. Nada de muito novo, portanto. Percebi que em toda aquela gente que não amei, mas que apreciei e até gostei, procurei encontrar o que encontrei em ti.

Sunday, September 03, 2006

Meia duzia de palavras mal escritas

ACREG 06, aquela Tribo Sénior, a nossa Tribo, conquistou um lugarzinho especial no meu coração. E acreditem-me que não é facil.

Vamos cantar uma cantiga? ^^

Tuesday, August 29, 2006

PS.: Odeio-te

Não por seres tu, com a tua simpatica ou antipatia ou apatia, sei lá. Não por não me teres dado as certezas que precisei ou por teres imposto uma distância insuperável. Mas porque eu, um dia, pensei que me tinha apaixonado por ti. E porque, quando finalmente pensei que estava melhor da doença que é oferecer o coração a alguém que não o quer, apareceste-me num sonho, culpa minha, e eras tão tu que nem duvidei que estivesse a sonhar. E tocaste-me nos ombros, e agarraste-me a mão. Aqueceste-me a mão sem saber e ainda sorriste. Só te odeio porque quando acordei a minha mão ainda estava quente. E eu não quis abrir mão do teu calor.

Monday, August 28, 2006

Imensas desculpas amor

É que eu só tenho um coração. E não há maneira de o substituir, ou reparar.
Então desculpa, não to posso oferecer.

Sunday, August 27, 2006

Formato: Amelie Poulain

Versão: portuguesa

Aprecia: A lua quando parece o sorriso do gato da Alice no País das Maravilhas; ir para o telhado ver o céu; estar com alguém em silencio e sentir-se bem assim; gomas de ursinho; viajar três horas para não chegar a lado nenhum no final; fins de semana a preguiçar; sentir-se inspirada; conversas estúpidas; beijos junto ao olho mas não no olho; bom cinema; mão oferecida a alguém; o cheiro do bolo de àgua no forno; abraço em grupo aos amores da minha vida; cantar baixinho nos autocarros; capuccino bem tirado num café escondido; um Amo-te bem dito.

Não aprecia: Sentir-se mal por não saber o que dizer; o facto de o oceano fazer da Madeira uma ilha; fotograficas inocentemente desfocadas; acordar cedo para algo que não gosta; a voz das senhoras do supermercado; internet com interrupções; que me olhem de lado por estar a fazer sala num café; saudades; não saber de alguém de quem gosta; jardins demasiado arranjados; jantares de gala; arrumações; relva molhada ao tocar na pele; falta de atitude; gente com necessidade constante de atrair atenções; presentes por obrigação.

Nota: Quero um Nino Quincampoix para mim.

Saturday, August 26, 2006

i love the sound of you walking away

Amor, era meu medo que lesses e não percebesses o que queria dizer com todas aquelas palavras emplumadas e inuteis. Mas o medo passou. Tu nunca lês aquilo que eu escrevo para mim, sobre ti quase sempre. Nunca leste. Amor, as minhas palavras e as frases foram gastas para ti, não por ti. É pena, que eu oferecia-te todas. Se soubesse sequer onde andas fazia uma compilação, manuscrita, de tudo o que já escrevi e entregava em mão, com certeza que não se perdia no caminho. Gostava de te olhar nos olhos depois de leres, de saber se alguma coisa mudava em ti. Ao menos ouvir-te dizer que nada daquilo tinha sido real, que era só uma hipérbole minha, com a mania dos romantismos. Ver-te virar as costas e ir embora com a compilação, encadernada a veludo vermelho, debaixo do braço como quem leva um album que não é seu. E quiçá eu pudesse também virar as minhas costas e ir embora, sem cair na tentação de olhar para trás.

Nunca nada soube tão bem como acordar

Esta noite sonhei que me tinha cruzado contigo na rua. Pararam-me os pulmões. Apertou-se-me a garganta. Disseste qualquer coisa. E eu demasiado ocupada a sentir para me lembrar de pensar. Não respondi. E eu que pensava que já não te amava. Tu acenaste com a cabeça e foste embora. Eu voltei a respirar. E continuei a andar na rua. Depois virei a esquina e acordei.

Pergunto-me, o que aconteceria se eu te encontrasse em carne em osso, olhares e sorrisos?

Thursday, August 24, 2006

Nada vai mudar

Às vezes somos tão parecidos que penso que podiamos ser felizes para sempre. Mas ia ser sempre o mesmo, não ia? Eu tapava o buraquinho do teu ego e tu, o do meu. E ficavamos sem tempo nos enchermos um do outro. É pena. Ia ser tão bom.

Até vinte

Vou fechar os olhos ao coração. Conto até dez, chega? Melhor vinte. E tu corres a te esconder. Depois eu encontro-te e faço como se fosse a primeira vez. Tu vais dizer olá, com aquele teu ar, e perguntas se me podes segurar a mão. Eu vou dizer que sim, e tremo de emoção falsa. Tu levas-me a todos aqueles lugares bonitos que imaginas. Eu faço uma força no coração e apaixono-me. Tu dás-me um beijo junto à orelha, mas não na orelha. E dizes que me amas, baixinho. Eu respondo que também e cai-me o mundo aos pés. Mas um dia hei de me apaixonar a serio por ti. Só porque disseste, baixinho,ao ouvido, que me amavas.

Wednesday, August 23, 2006

De repente pareceu tudo mais claro

Sem os efeitos secundários da poesia tudo parece mais claro. Eu e tu e o nós que não houve. O romantismo que lá não estava. E o amor que, afinal, nem havia.
És a minha memória favorita. E hoje já não és mais nada. Esta noite, ainda me vou deitar e sonhar com os momentos que vivi onde tu foste figurante. E amanhã também. E talvez depois. Até que a memória fique gasta e eu já não saiba o teu sorriso. Até que os olhos se turvem e já não veja as tuas mãos. E aí, à falta de melhor, vou arranjar outra memória e nunca mais vou usa-la até ao fim.

Fechei o coração para remodelações e tu pareces-me menos.