Saturday, October 28, 2006

São só coisas.

Afastei-me demais de quem não devia.

Continuo demasiado perto de ti.

Monday, October 23, 2006

São só coisas.

Podia colocar tudo numa metáfora e enfeitar a nossa, assim o gosto de chamar, relação com palavras bonitas. Mas isso era quase como mentir, não era? E para quê agora? Não voltas. Convence-te Sofia.

Thursday, October 19, 2006

São só coisas.

Este ano muita gente conseguiu ficar perto de casa. Tu também.

Eu não.

Monday, October 16, 2006

Si Tu N'etais Pas La

Fomos só o paragrafo que antecede a despedida. Nunca nos tocamos. Passamos demasiado ao de leve naquilo a que se poderia ter chamado de a nossa vida. Eu nem sei como me deixaste marcas quaisquer. Deixaste. Não nos tocamos. E eu cansei a vista de olhar os lugares onde estavas. Para as coisas que fazias. Para as palavras que dizias. Cansei a vista, ficou demasiada para ver. Gastei demasiadas palavras, perdi demasiados sentidos. Numa coisa que não juro ter valido a pena. Restou uma saudade de ti que não compreendo, por uma pessoa que não conheço. Foi tudo demasiado curto para ser mais que uma despedida.

Wednesday, October 11, 2006

Red light

É que de cada vez que o mundo pára abrimos os olhos para tanta coisa. Vemos sempre uma coisa diferente. Sentimos sempre um sentimento novo. Ouvimos sempre algo inesperado. E apesar de se saber que casa é onde o coração está, nesses instantes esquecemos as saudades e podemos realmente viver.

Saturday, October 07, 2006

There is no modern romance.

Eu, gostava de acreditar que ainda, um dia, iria dizer num sussurro a alguém 'Our hearts will beat as one' e sorrir por saber que era mentira, que os nossos corações já batiam como um e nada nem ninguém ia mudar isso. Acreditar que ainda iria passear com alguém de mãos dadas num pôr do sol de um jardim qualquer. Ou que numa noite de Inverno como as outras, depois de uma sessão de cinema, quem sabe de um filme francês, para me protegerer do frio partilharia um casaco com alguém. Que eu e mais outro alguém fugiriamos da chuva para debaixo de um alpendre. Gostava de acreditar sinceramente em todas estas coisinhas. Gostava. Mas não consigo. É tudo demasiado bonito, demasiado bom. Acontece, sim, mas não a mim. Eu, são cada vez menos as coisas em que acredito.

Wednesday, October 04, 2006

Um pedido quase

A quem a minha linguagem ofende só me resta pedir desculpa. Não é nada pessoal nem tão pouco uma maneira de ferir susceptibilidades ou chamar atenções. É só a melhor maneira que encontrei para deitar a raiva cá para fora. Que guarda-la dentro não nos faz nada bem. Não me perguntem donde vem tanta raiva. Não sei como nem porquês. É de tudo ou não é de nada. Mais uma vez desculpem-me.

Monday, October 02, 2006

Vomitar faz bem

Hoje apetecia-me vomitar a alma, deitar tudo cá para fora. Analizar, separar tudo. Sentimentos para um lado, razão para o outro. Porque os sentimentos raras vezes têm razão. Depois voltar a arrumar tudo, cada coisa na sua gaveta, tudo devidamente etiquetado.


Há muito tempo que não me sentia assim. Hoje estou feliz.

Sunday, October 01, 2006

Esse segredo

Não, não me quero perder em países de sonhos impossiveis de finais corderosa. Eu sei que se ficasse lá, para sempre, saboreando cada instante e gravando cada palavra num vinil cheio de memórias, seria honestamente feliz. E a tentação é grande. Mas se ficasse era tanto o que deixava por cá. Coisas que não quero perder. Gentes que não quero perder. Há ainda muito para viver, viver realmente e não apenas sonhar. Mesmo que o fim não seja o que se espera, que nos entretantos exista dor e que não me ofereças um balão em forma de coração.

Tenho esse mundo, é fragil e é meu. Imensa desculpa, não o posso partilhar.