Saturday, March 10, 2007

I'll Stop The World And Melt With You

Sabes amor, contigo tudo o que já não acreditava que me fosse possível acontece. Eu que pensava que já não dava o coração a mais ninguém, não fosse ele se partir outra vez. E quando dei por mim já to tinha oferecido, todo, embrulhado numa fita de cetim amarela. E não, tu não o partiste. Mais que me ofereceste o teu, que o guardei com cuidado numa gaveta da minha alma. Eu que pensava que nunca seria assim, tão feliz. Mas chegaste tu e com o teu riso e a tua maneira de ser encheste-me de cor, por dentro. Nunca achei que a vida poderia ser como um filme. Contigo, quase que juro que realmente o é. Europeu, com um bom argumento e boa banda sonora. Que quando nos juntamos a ouvir Yann Tiersen, o super Yann como disseste tu ontem, tudo parece perfeito. Tu és aquela pessoa que eu sempre quis, sem sequer o saber, aquela de quem eu precisava. E tudo o que eu alguma vez escrevi, com mente num passado irreal ou num futuro ilusório, torna-se verdade contigo. É teu o casaco que abraço, quando vou para devolvê-lo, é tua a mão que aquece a minha, tantas vezes sem saber, é contigo que me deito a ver um bom filme, é contigo que fujo para qualquer um jardim, desde que tenha relva, só para me deixar adormecer a teu lado. Eu, que queria não amar para não cair, apaixonei-me assim, e não me arrependo. Porque sei que se cair, apanhas-me tu.
Tu, que chegaste devagarinho e sem se dar conta tornaste-te tão importante. Que fizeste com que memorias antigas se tornassem finalmente o que são, memorias antigas, gastas, sem grande valor. Que me fizeste capaz de recordar, sorrindo, e ainda assim deixar a minha vida seguir, contigo a meu lado. Tu, e só tu, que fizeste com que eu quisesse perder aquele gramofone antigo que ainda me prendia a algo que já tinha acabado há muito.
E sabes amor? Obrigada. Por estes meses que se passaram e por outros, que ainda hão de vir.

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